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Distribuição desigual das áreas verdes

Foto do escritor: BARDI FAUDBARDI FAUD

_Vanessa Yumi


Entendendo o conceito de áreas verdes, são conjuntos de espaços com cobertura vegetal que transformam cidades em lugares mais agradáveis de se viver. Além de, desempenharem função ecológica, paisagística e recreativa, propiciando a melhoria da qualidade estética, funcional e ambiental.


Parque de Buenos Aires em Higienópolis


Olhando de cima, é notável um cenário alarmante. Devido ao acelerado processo de urbanização, nota-se o predomínio da verticalização na paisagem, acompanhado de áreas verdes que estão se transformando em barreiras físicas e socioespaciais e afastando gradualmente os moradores de baixa renda para espaços onde o verde é imperceptível e/ou carecem de manutenção. Assim, é esta a paisagem urbana que está em constante transformação e caracterizando a cidade de São Paulo.


Ibirapuera (à esquerda) e Paraisópolis (à direita) - A má distribuição do verde


Isto posto, bairros com baixa densidade populacional são ricas de áreas verdes e com vistas esplêndidas. Consequentemente, estimula-se a valorização dos imóveis, seguido do aumento de preços das moradias locais. Enquanto, os bairros mais densos, carecem deste, significando bairros mais quentes e propensos a inundações. Mooca é um exemplo.


Parque Dom Pedro II, Sé


Já algumas praças e parques ainda pensados para priorizar o automóvel, transformam em espaços de passagem, vazios e passando a sensação de insegurança para aqueles que transitam devido o estado de abandono e pouco movimento.


Conforme estudos da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revelam que, há a relação das áreas verdes e o aumento dos índices de casos graves por Covid-19, isto é, devido a exposição maior a poluição do ar.


Assim, encontra-se um cenário de contínua luta entre moradores de comunidades, profissionais de diversas áreas, ativistas, enfrentando o árduo poder da especulação imobiliária e a batalha por mais área verde e a sua preservação.


Um exemplo é a incansável luta pela visibilidade do parque Augusta, que desde a década de 1980, existe e persiste o movimento social a estímulo de sua preservação às espécies nativas da Mata Atlântica que lá existem, pronunciando o uso 100% público. Este despertou outros demais movimentos, que então, reuniu-os em defesa do verde na capital paulista no chamado " A Rede Novos Parques".


Desse modo, repensar em ambientes mais equitativo com áreas verdes é garantir uma melhor qualidade de vida aos cidadãos; valorizar o meio ambiente e estimular o desenvolvimento sustentável à cidade de São Paulo. Pois, encarar a luta por mais verde tornou-se uma prioridade e não mais, uma opção.



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