_Pedro Russo
A escrita se mostra presente de alguma maneira em todos os cursos universitários, sem exceção. Em alguns está mais presente e em outros se apresenta de maneira secundária. Na faculdade de arquitetura, no caso da FAU Mackenzie, buscou-se estreitar a relação entre o escrever e o “arquitetar”.
O Bardi, o novo periódico da FAU Mackenzie, o qual tive a honra de ser o idealizador, surgiu em 2021 com o intuito de dar voz para estudantes e para toda a comunidade acadêmica. A existência de um espaço para trocas de experiências possibilita uma formação mais completa e diversa. A arquitetura é um campo extremamente amplo, onde as esferas de atuação variam de grandes escalas a proporções mínimas. Junto de tantas possibilidades, surgem diversos pontos de vista que podem ser tanto complementares como opostos.
A riqueza de tal troca deve ser valorizada e exaltada. O desenvolvimento da capacidade crítica e da sensibilidade sobre temas diretamente ligados com arquitetura e urbanismo possibilita a formação de melhores profissionais. As universidades, berço dos futuros arquitetos-urbanistas, são fundamentais como espaço para desenvolvimento do senso crítico, pois ali terão o primeiro contato com a área de atuação e suas reais necessidades.
A visão do todo, do bem-comum, é fundamental. É essencial questionar-se constantemente. Infelizmente, a maioria das perguntas se limita ao “eu” e limita a inclusão do “nós” nas discussões. As individualidades imperam, enquanto o bem-estar coletivo ocorre se, porventura, for possível.
A escrita surge como ferramenta para que o profissional, especialmente o de arquitetura e urbanismo, se expresse, se posicione e reflita. A possibilidade de atuar em diversas áreas possibilita o posicionamento na mesma grandeza. Uma questão muito simples, mas com grande poder deve ser feita, pois afeta todos os profissionais e a população em geral: qual é o futuro de nossas cidades? No modelo que estão sendo constituídas, qual será o futuro?
Escreva e reflita.
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